Uma Questão de Saúde Pública

Vincent Cheung

O Senhor Que Te Sara
44 min readDec 6, 2022

1500 anos de apostasia

Em um dos meus primeiros sermões, em que eu estava ensinando o povo a receber a cura pela fé em Jesus Cristo, eu lhes disse “Mesmo se você não precisar de cura agora, você ainda precisa ficar atento. Mesmo se você acha que a ciência médica está mais avançada do que nunca, novas doenças estão vindo. Novas doenças estão vindo que a ciência médica não conseguirá curar. E ainda que a ciência médica descubra a cura para uma nova doença, como você sabe que dará tempo de salvar você? Veja! Quando ela conseguir alcançar todo mundo, se tanto, outra doença vai aparecer”. Isso não foi uma declaração profética, porque eu assumo que até os descrentes percebem isso. Desde então, eu tenho trabalhado para promover a mensagem de cura de Cristo, ou seja, eu tenho pregado o evangelho. A oposição mais fanática tem vindo daqueles que dizem ser seguidores de Jesus Cristo, quando na verdade são eles que sabotaram a comunidade de Cristo para estabelecer seus próprios costumes e impérios religiosos. Foi assim também na época de Cristo. Aqueles que diziam seguir Moisés falaram contra o seu ministério de cura, chamando o Senhor de um falso mestre, enganador, blasfemador e possuído por demônios. Jesus disse que, se eles realmente cressem em Moisés, também creriam nele, porque Moisés profetizou sobre ele. Se as pessoas fossem verdadeiros seguidores de Jesus, creriam em mim, porque eu só repito o que ele disse.

Como Jesus disse, “Pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração”. Em um dos momentos em que ele disse isso, ele estava respondendo àqueles que atacaram o seu ministério de cura. Ele disse que aqueles que blasfemam contra o Filho podem ser perdoados, mas aqueles que blasfemam contra o Espírito nunca seriam perdoados. O que essas pessoas disseram contra o ministério de cura revelava que tipo de gente elas eram. Eram gente perversa que provavelmente blasfemaram contra o Espírito e nunca seriam perdoados. Elas iriam arder no inferno para sempre. Elas se diziam seguidoras de Moisés, mas não eram nada disso. Diziam ser filhos de Abraão, mas, como Jesus observou, Abraão nunca teria matado o Filho de Deus. Eram filhos do diabo. Agora aqueles que se opõem ao ministério de cura podem alegar um bocado de coisas maravilhosas sobre si mesmos, mas as suas palavras os traem. Jesus nunca teria se oposto ao que eu ensino ou faço, pois estou apenas repetindo o que ele disse e fazendo o que ele mandou. Os apóstolos nunca teriam se oposto a mim, pois eles nunca ousariam contradizer Jesus. Meus opositores podem se dizer filhos de Deus. Eles podem se dizer seguidores de Jesus. Eles podem se achar os descendentes espirituais dos apóstolos. Mas uma árvore é conhecida pelo seu fruto. Como podem falar coisas boas quando são maus? Eles falam o que é mau sobre esse mesmo tópico do ministério de cura de Cristo. Agora, se Jesus disse que as pessoas da sua época blasfemaram contra o Espírito e que isso revelava um mal gigante no seu coração, quem sou eu para propor um diagnóstico diferente, quando as pessoas da minha época fazem a mesma coisa? Uma árvore é conhecida pelo seu fruto. Eles são filhos daqueles que falaram como eles falam.

Os cristãos são aqueles que deveriam estar liderando a cruzada para salvar vidas em nome de Jesus, e com um poder divino que outros não podem replicar se não se juntarem a nós na fé. Após mais de 1500 anos de apostasia nesse que é o mais básico dos ministérios do evangelho, e após reformas sobre reformas, avivamentos sobre avivamentos, quando tivemos inúmeras oportunidades de examinar nossas doutrinas e práticas várias e várias vezes, a maioria dos cristãos ainda não despertou para a justiça. Agora os descrentes estão liderando a cruzada para salvar vidas. Eles não desistem, mesmo após a sua mísera ciência falhar vez após vez. Eles não desistem, mesmo quando as pesquisas se mostram caras e os procedimentos árduos. Eles continuam marchando em frente, mesmo que alguns dos seus pares morram no caminho. E com todos os seus esforços falhos e suas teorias blasfemas, eles salvaram incontáveis vidas “cristãs”. Enquanto esses tais cristãos se vangloriam de como “a vontade de Deus” os deixou doentes, e de como todas as promessas de curas milagrosas na sua Escritura infalível perderam toda a relevância, os evolucionistas ímpios deixam para lá e salvam a vida deles mesmo assim. Isso não é graça comum, mas é ira comum. Os dois grupos desprezam as promessas preciosas de Deus asseguradas pelo sangue de Cristo para todos os que crerem nele. Nenhum lado pode escapar do derramamento do juízo divino.

As pessoas se dizem cristãs, mas zombam da doutrina da cura. Sarcasmo e malícia escorrem dos seus lábios. Os fiéis têm levado adiante esse ministério, falando, escrevendo e orando madrugada adentro em uma batalha crescente para compensar pela omissão deliberada dos seus supostos irmãos. Quando os milagres acontecem, essas pessoas não dão atenção. Mas quando elas estão ansiosas por um debate, elas reclamam “Se o que você diz é verdade, mostre! Mostre!”. Elas têm a mesma Bíblia. Elas deveriam estar fazendo a mesma coisa, e então juntos poderíamos mostrar ao mundo! Mas elas não querem. Elas são como os gentios que bateram na cara de Jesus e zombaram “Profetize! Quem bateu em você?”. E são como aqueles que dizem “Médico, cura-te a ti mesmo! Faz aqui em Londres o que ouvimos que fizeste em Boston!”. É sinistro o quanto elas parecem com aqueles que zombaram e mataram Jesus Cristo.

Jesus era de fato um profeta, mas ele não era um palhaço. Ele não fazia sob demanda dos incrédulos, mas sim dos crentes, sob demanda da fé. Quando seus milagres aconteciam na frente dos céticos, eles o chamavam de enganador, ou talvez um mágico, e associavam a sua obra com os demônios e blasfemavam contra o Espírito Santo, condenando a si mesmos para sempre. Do mesmo modo, nós podemos de fato curar os enfermos e expulsar demônios, não por sermos especiais em nós mesmos, mas porque Jesus disse que todo aquele que tem fé pode fazer essas coisas. Pense bem, se nossos críticos “cristãos” podem fazer essas coisas, não iriam eles alegremente se juntar a nós? Entenda, eles não conseguem fazer essas coisas. Eles sabem lá no fundo que eles não conseguem. Eles não conseguem não porque Jesus nunca prometeu, mas porque eles não têm fé. Mas é mais fácil para eles dizer que Jesus nunca prometeu a eles do que admitir a falta de fé, ou talvez até que eles nunca creram em Jesus. Se eles fossem verdadeiros seguidores de Jesus, estariam nos ajudando, não lutando contra nós. Eles estariam nos aplaudindo por curar os enfermos e ensinar a doutrina. E eles estariam fazendo essas coisas conosco. O discípulo não é maior do que o senhor, mas basta que ele seja igual ao senhor. Nós de fato podemos fazer em Londres o que eles ouviram que fizemos em Boston, mas, quando eles testemunharem os sinais e maravilhas, responderão do mesmo modo como os seus pais espirituais responderam. Eles vão chamar os seguidores de Cristo de enganadores e mágicos. E irão blasfemar contra o Espírito Santo.

Riscos à Saúde Pública

Em relação a como a igreja deveria responder à convocação do governo para suspender as reuniões a fim de reduzir o contágio da doença durante uma pandemia, eu direi francamente que todas as congregações anticura e cessacionistas são riscos à saúde pública e devem interromper as reuniões imediatamente e, de preferência, permanentemente. O mundo tem estado sob uma pandemia espiritual e não percebeu. Essas seitas hereges são vírus espirituais. Elas espalham veneno espiritual e dizem que isso é a religião deles. É a sua convicção religiosa infectar o máximo de pessoas que puderem com incredulidade e tradição, a fim de erodir a humanidade no nível mais profundo possível. O efeito se manifesta em todos os aspectos da vida, corrompendo a saúde, as finanças, os relacionamentos e, o pior de tudo, a fé das pessoas em Deus. Especificamente na área da saúde física, a doutrina delas torna o bem em mal e o mal em bem. Elas proíbem as pessoas de terem fé nas promessas de Deus sobre saúde e cura pela fé. Eles enaltecem os benefícios da doença e chamam isso de vontade de Deus. Isso causou danos incalculáveis à igreja e à humanidade através dos séculos. Resultou em milhões de mortes prematuras, sofrimento desnecessário, riquezas e oportunidades perdidas e milhares de outras consequências. A verdade importa. As suas heresias cessacionistas e anticura debilitaram o sistema imunológico dos humanos em geral, tornando-os mais suscetíveis a doenças e vírus de todo tipo, antigos e novos, conhecidos e desconhecidos. As únicas exceções são aqueles que creram na palavra de Deus e sabem que, pela fé em Jesus Cristo, fomos transportados do império das trevas para o reino do Filho de Deus.

As igrejas anticura devem interromper as reuniões não porque algum governo humano mandou, mas porque elas nunca seguiram a cartilha de Deus para a igreja de Jesus Cristo. A igreja deveria ter cortado esses ramos heréticos séculos atrás. As igrejas artificiais anticura são responsáveis pelo alastramento de doenças e morte. O mundo inteiro está colhendo o que elas semearam. Elas deveriam ser fechadas, especialmente nesse período de pandemia. Eu oro para que muitas pessoas finalmente acordem e mudem as igrejas. O falso evangelho da doença está matando-as e as famílias delas. Elas têm se oferecido no altar da enfermidade. Elas têm executado sacrifícios humanos em seus maridos, esposas, pais, filhos e amigos. Tudo isso pretende ser um culto, quando Deus está em outro prédio em outro canto da cidade! A igreja deveria ter lidado com essa desgraça há muito tempo, em vez de permitir que isso prosperasse. Quando as igrejas não fizeram nada, os seguidores de Cristo individuais deveriam ter se revoltado. Nós temos sido pacíficos ao ponto do homicídio. Nós temos sido tão corteses com o povo da incredulidade que milhões sofreram e morreram, apesar de Jesus Cristo ter levado as suas enfermidades e carregado as suas dores, e até alguns réprobos poderiam ter sido curados em nome de Jesus, para que Deus testemunhasse de si mesmo. Se os governos humanos tivessem de se envolver, deveria ser para acusar essas igrejas de perigo público, em razão da sua doutrina criminosa de nenhuma cura e nenhum milagre. Os hereges anticura se escondem atrás da doutrina da soberania de Deus, como se Deus fosse fazer menos do que ele prometeu. O nome disso não é soberania, e sim desonestidade. Deus não é homem para mentir, mas ele irá vigiar para que sua Palavra se cumpra. Deus é soberano, e é por isso que ele executará ainda mais milagres de cura do que ele prometeu. Ele não é mentiroso, logo ele nunca fará menos do que disse. Mas ele é soberano, logo ele é livre para fazer mais do que disse. E a Bíblia diz que ele fará mais do que podemos pedir e pensar. Seja pela mão de cristãos ou de não cristãos, as igrejas anticura precisam ser detidas. Elas estão literalmente e fisicamente matando pessoas. E, na verdade, é impossível calcular quantas almas elas destruíram e mandaram para o lago de fogo ao espalhar doutrinas que contradizem a palavra de Deus. As seitas anticura são mais mortíferas do que qualquer pandemia. Todos os cristãos deveriam comemorar e agradecer aos pagãos por fechá-las. Mas para destruí-las para sempre, os cristãos precisam participar. Os cristãos devem derrubar todas as doutrinas e instituições de incredulidade, pregar a verdade sobre a cura e curar os doentes em nome de Jesus.

É risível que os pregadores políticos reclamem o tempo todo sobre o aborto, mas eles é que têm abortado adultos e crianças juntos, direto dos seus púlpitos enquanto eles esguicham sua peçonha satânica de incredulidade, tradição, cessacionismo e doutrinas anticura. Muitas pessoas alegam que não querem que seus bebês nasçam com doenças e deficiências, e é por isso que elas consideram o aborto. Você diz que isso é uma desculpa. Verdade, mas você as julga como homicidas pelo padrão da palavra de Deus, e depois você comete homicídio ao negar a doutrina da cura na mesma palavra de Deus. Você apela à palavra de Deus para expor a desculpa esfarrapada delas, mas você detém e até persegue a promessa de Deus para a cura que removeria essa desculpa para o aborto. Você é cúmplice do assassinato desses bebês. Você é tão cheio de justiça própria quando você levanta a voz por aqueles que não podem falar por si mesmos, mas você tenta silenciar o Deus que fala por si mesmo. As estatísticas que você cita para condenar o aborto são as mesmas que condenam você. Tudo aquilo de que você chama os abortistas se aplica a você se você não prega e não pratica a cura que Deus ensina na sua Palavra. Claro, há outras desculpas, como a pobreza ou a incapacidade de sustentar um filho. Assim, nós também acusamos as seitas antiprosperidade por rejeitar as muitas promessas de Deus sobre o assunto. Deus pode suprir tudo o que eles precisam para criar seus filhos, se tão somente tivessem fé nele. Os hereges antiprosperidade manejam a palavra de Deus para rechaçar a desculpa da pobreza dos abortistas, mas no próximo fôlego rechaçam a mesma palavra de Deus que é a solução correta para a desculpa. Como Jesus disse, “Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também”. Todas as condenações que as seitas antiprosperidade declaram contra os abortistas se aplicam também a elas mesmas. No entanto, nosso foco agora é a cura. Hereges anticura, vocês são talvez ainda mais culpados do que os abortistas, porque vocês dizem conhecer a palavra de Deus quando declaram o padrão e condenam outros, mas rejeitam a mesma palavra de Deus que ensina a cura. Muitos pais poderiam ter hesitado se soubessem que havia alguma chance de que seus bebês nascessem normais, curados pelo poder de Deus. Mas vocês — VOCÊS — tiraram isso deles. E agora vocês reclamam que eles querem impedir gente como você de se reunir? Caramba! Eu sempre quis que lixo como vocês desaparecesse por um bom tempo. Que alívio é livrar o mundo de gentalha como você, mesmo que só por algumas semanas!

Cristãos, exijam uma explicação dos seus líderes. “Nós temos vindo a essa ruína abandonada que vocês chamam de igreja. Vocês nos dizem que, se quisermos ouvir a voz de Deus, devemos ouvir a Bíblia, mas vocês ensinam contra o que a Bíblia diz. Vocês nos dizem para aceitar as circunstâncias como a vontade de Deus, em lugar do que a Bíblia promete como a vontade de Deus. Vocês retratam o sofrimento como tão benéfico que é como se nossas dores fossem redentivas. Vocês nos atormentam com suas doutrinas e costumes que só servem para honrar a sua tradição humana. Nós lhes damos nossos dons e talentos. Nós lhes damos nosso dinheiro. Nós lhes damos nossos filhos! Agora, nossas famílias e amigos estão morrendo. Estão perdendo os empregos. Suas esperanças e planos estão arruinados. E vocês querem que a gente continue vindo para ouvir mais dessa porcaria? Olhe todas essas centenas de versículos na Bíblia que prometem cura e prosperidade em Deus. Isso… isso poderia ter nos salvado. Isso poderia ter salvado os nossos filhos. Isso poderia ter salvado nossas empresas e até nações inteiras. Mas vocês perseguiram aqueles de nós que tivemos a audácia de tomar esse curso rumo à fé em Deus. Vocês nos destruíram. Por que ninguém nos contou essas coisas? Para quê estamos pagando vocês? Por quê, por que ficamos sentados aqui como idiotas ouvindo vocês tagarelarem semana após semana? Só para vocês nos dizerem que todas essas centenas de versículos não querem dizer o que dizem? Por que ficamos olhando vocês vestidos como palhaços de toga, espirrando água para todo lado e balançando esses biscoitinhos pelo ar? Você é louco ou só burro? Nós nunca verificamos as suas credenciais. Vocês receberam sua graduação em teologia em um hospício, ou pior, em um seminário? Vocês são agentes de Satanás e souberam o tempo todo o que estavam fazendo?”. Digam isso aos seus líderes. Exijam que a igreja mude ou feche para sempre. Mas espere, por que eu estou falando como se a culpa fosse só deles? Vocês também estão condenados. Vocês deveriam ter confrontado os seus pastores e teólogos décadas atrás. Vocês são cúmplices da enfermidade e da bancarrota das suas famílias e amigos. Podemos ir ainda mais além. De fato, vocês deveriam ter confrontado os seus líderes com a Bíblia, mas vocês tinham a mesma Bíblia. Mesmo se eles se recusassem a ensinar a verdade, vocês deveriam ter aprendido e crido na verdade. Vocês não são menos culpados do que os seus líderes pelo estado em que o mundo está, pelas almas que pereceram e por todos aqueles que sofreram e morreram. Se vocês tinham acesso à palavra de Deus, e se vocês não se posicionaram em favor da doutrina da cura pela fé em Jesus, então vocês também são assassinos. Vocês são assassinos tanto quanto os seus pastores.

Irrelevantes e Não Essenciais

Tudo isso é óbvio para aqueles que creem na palavra de Deus, mas a maioria das igrejas não liga para isso. Como sempre, os cristãos reclamam da ordem para suspender as reuniões não de uma perspectiva bíblica, mas de uma perspectiva política. Poderíamos dedicar tempo para esse assunto, mas não seria produtivo. Cristãos se importam tanto com as coisas a partir de uma perspectiva política porque eles não são espirituais, e porque são estúpidos. De fato, pode ser prático explorar a lei dos homens para facilitar a vida da igreja, mas isso só dura enquanto o Estado respeitar a própria lei. E é claro que esses mesmos cristãos não terão nada a dizer aos seus irmãos e irmãs em outro país que não tenha proteção da lei dos homens, a não ser que lhes ofereçam outro conjunto de doutrinas para considerarem. No entanto, os ensinos de Jesus Cristo devem se aplicar a todas as pessoas em todas as condições. É estúpido depender da lei do homem para proteção contra a tirania do homem. Os mesmos homens decidem quais leis promulgar, como interpretar essas leis e se eles vão honrar as leis ou não. Um protesto pacífico contra um regime tirânico só não é aniquilado por tanques em poucas horas devido à tolerância e interesse próprio do regime, não porque há algum poder genuíno em um protesto pacífico. Quando a paciência acaba, o protesto é reprimido. Então os corpos dos manifestantes ficam espalhados por todo lugar. Os líderes da revolta fogem do país e ganham diplomas em Harvard, contratos com editoras e entrevistas na televisão. O regime permanece igual. As corporações internacionais redigem notas de repúdio e depois voltam ao comércio. Tudo continua como antes. A ironia é que qualquer efeito positivo de um protesto advém do poder do alvo desse protesto. Se funcionar, o crédito vai para o tirano, não para o protesto. E quanto às ameaças para derrubar o regime? E os apelos à pressão internacional? Mas só estamos falando sobre variados graus de força. Os métodos de homens contra homens só funcionam quando os homens no poder dispõem o coração para deixar que eles funcionem. Nenhum apelo pacífico pode convencer o coração de um tirano irracional e obstinado. Os primeiros discípulos apelaram a Deus para receberem ousadia para pregar o evangelho, e para que Deus fizesse sinais e maravilhas e curasse os enfermos pelo nome de Jesus. O método cristão não é pressão política, e sim violência espiritual.

Agora, a questão é se o governo deveria ter o poder para ordenar que a igreja suspendesse as reuniões. No entanto, temos de admitir uma distinção quando essa ordem surge debaixo de uma pandemia. O governo não está mirando nas igrejas, nem em grupos religiosos no geral, mas ele quer suspender todas as aglomerações públicas. Ele não quer criminalizar as igrejas. E ele não pretende suspender as aglomerações públicas permanentemente. O seu governo proíbe que dois cristãos vivendo sob o mesmo teto se juntem para adorar a Deus? Não. Mas Jesus disse “Onde houver dois ou três reunidos em meu nome, ali estou entre eles”. Eis a sua igreja. O seu governo proíbe que os cristãos se comuniquem por mensagens eletrônicas e chamadas de vídeo? Não. Você pode fazer isso o quanto quiser. Isso não tem nada a ver diretamente com liberdade religiosa. Claro, se o governo usa uma ordem temporária de suspender aglomerações públicas em preparação para uma perseguição permanente e específica contra grupos religiosos, ou igrejas cristãs em particular, aí é outra coisa. Ainda que isso acontecesse, os cristãos têm a si mesmos a culpar por terem desafiado o mandamento de Deus e falhado em estabelecer uma reputação pública de curar enfermos, uma reputação que teria tornado bem mais difícil para qualquer governo atingir os cristãos em uma pandemia. Todavia, não há nenhum indício de que o governo esteja minimamente interessado nisso. Há lugares em que há discriminação e perseguição religiosa genuína, mas não estamos falando desses lugares, e esses lugares têm proibições independentes de qualquer pandemia. No momento, estamos considerando as principais democracias em que vivemos. E nesses lugares, as igrejas são tão irrelevantes que o governo nem sequer considerou mirar nas igrejas nessa época de emergência nacional. Os cristãos têm sido tão fracos, tão mundanos, tão desprovidos de fé e de poderes milagrosos, e agora eles acham que são o centro das atenções? O governo está simplesmente tentando reduzir o contágio da doença. Eles estão labutando com meros métodos e invenções humanos para fazer aquilo que as igrejas deveriam estar fazendo por meio do poder de Deus. Agora o governo diz às pessoas para ficarem em casa e as igrejas reclamam? Que direito vocês têm de reclamar? O que vocês têm feito pela saúde das pessoas nos últimos anos — ou nos últimos 1500 anos? Vocês têm ocultado, evitado, negado e até condenado as promessas e poderes divinos de cura milagrosa expostos pela Bíblia inteira. E agora estão reclamando? Agora, do nada, vocês se importam com Deus? Ora, calem essa boca e fiquem em casa.

Os governos estão fechando os negócios e aglomerações “não essenciais”, e os cristãos estão indignados por terem sido incluídos no grupo dos não essenciais. O que vocês fariam se pudessem se reunir de novo? Vocês não vão só tagarelar sobre a pandemia de qualquer maneira? Não vão ficar só falando sobre suas doenças e preocupações, como sempre? O seu pastor vai dizer a vocês que todo mundo sofre, que é tudo a vontade de Deus. Ele vai dizer a vocês para enxergar dessa perspectiva, dessa outra perspectiva e de várias outras perspectivas, exceto da perspectiva bíblica da cura e imunidade divina. O Salmo 91 diz “Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa”, e o seu pastor dirá “Mas Deus é soberano”. Soberano para quê? Para quebrar uma promessa que ele mesmo fez quando ninguém o forçou a isso? Esse absurdo tem sido a doutrina cristã oficial por 1500 anos. Para quê vocês querem ir ouvi-la de novo? Vocês querem morrer? Na verdade, se vocês têm tanta vontade de desafiar o governo, vocês deveriam ficar em casa mesmo se o governo forçar vocês a irem à igreja. Seitas anticura são o laço do passarinheiro, não casas de cura e oração. O que há de tão essencial em dizer às pessoas que a doença é a vontade de Deus? O que há de tão essencial em convencer as pessoas de que aquilo que Jesus chamou de cativeiro satânico é uma dádiva de Deus? É tão essencial assim ensinar aos outros essa doutrina de demônios? O que há de tão urgente em jogar o ministério de Jesus no lixo e cometer blasfêmia contra o Espírito Santo? Não dá para esperar a poeira baixar antes de vocês irem arder no inferno? Vocês terão tempo de sobra para arrastar outros com vocês. Sério, o que há de tão essencial nas reuniões da igreja quando os cristãos nem acreditam no seu próprio Deus e na sua própria Escritura? Tudo isso é inútil. Tudo isso faz mais mal do que bem. Se alguma coisa é essencial, é que essas casas de incredulidade e enfermidade fechem. Abuso do governo? Que abuso? Um governo não deveria poder proteger a sua população de um evangelho de doença pregado nas igrejas, especialmente no meio de uma pandemia? Sabendo o que eu sei, essa seria a primeira coisa que eu faria. Mesmo sendo um cristão, ou especialmente porque eu sou um cristão, eu iria mirar especificamente nas igrejas por exatamente essa razão, se eu fosse salvar a nação.

Diga-me, se há algum abuso do governo, por que então o governo está pedindo que as igrejas suspendam as reuniões? Você diz “Espere, isso não faz sentido. É exatamente esse o abuso”. Vou explicar. Por todo o Novo Testamento, Jesus e os seus seguidores eram conhecidos pelo seu ministério de milagres de cura, e o Mestre garantiu que esses milagres continuariam e aumentariam entre aqueles que tivessem fé nele. Se nossas igrejas realmente consistissem de pessoas que têm fé em Jesus, então nós seríamos conhecidos pelo nosso ministério de milagres de cura. Se o governo fosse cometer abuso de autoridade em um tempo de pandemia e emergência nacional, ignorando qualquer separação entre igreja e Estado, então, ao invés de ordenar que as igrejas suspendessem as reuniões, ele iria sequestrar os cristãos e forçá-los a ministrar aos doentes. Isso não está acontecendo. Por quê? Porque nunca passou pela cabeça deles que os cristãos são relevantes para a cura de doentes! A palavra de Deus retrata os cristãos como os detentores de poderes de cura milagrosos. Eles podem curar os doentes em nome de Jesus quando ninguém mais pode. Se eles espirrarem “Jesus!”, o paralítico mais próximo se levanta. Era isso que até os descrentes sabiam sobre os cristãos antes que aprendessem as nossas doutrinas. Mas agora… nem tanto. Há de fato igrejas que ensinam a palavra de Deus sobre a cura, mas elas foram tão diluídas pelas falsas igrejas, pelas seitas anticura, que os cristãos não são mais conhecidos por curar os doentes. Na verdade, eles são conhecidos por ficarem doentes, e por renderem-se ao estado de doentes, porque essa é “a vontade de Deus”. Eles falam de “Deus”, mas, ao invés de interpretar as circunstâncias pela revelação verbal divina, eles consideram quaisquer circunstâncias como a vontade desse “Deus”, portanto o “Deus” deles são as Circunstâncias. É isso que eles adoram. É paganismo. Que abuso? Nenhum agente federal arrombou a minha porta. Nenhuma agência do governo me enviou intimações e ameaças para que eu compareça diante deles e ensine cura para as massas e ore por elas, para que, junto a outros cristãos, eu possa salvar vidas e resgatar a economia e outros aspectos do país. Se eu disser que eu sou cristão, eles vão achar que eu sou como os outros que se dizem cristãos, o que significa que eu sou irrelevante em uma pandemia. Se o governo soubesse que os cristãos são eficazes em curar os doentes quando ninguém mais é, quando as coisas ficarem ruins o bastante, eles poderiam chegar ao ponto de fazer uma exceção para os cristãos até que uma solução médica fosse descoberta. É uma emergência afinal. Então os ateus se indignariam, mas vidas seriam salvas. Agora o governo diz a todo mundo para ficar em casa, inclusive as igrejas. Os cristãos ficam indignados, mas vidas são salvas. De quem é a culpa pelas coisas terem saído assim? A culpa é dos cristãos. Mas deixe o governo para lá. Jesus está muito mais furioso contra as igrejas do que as igrejas estão contra o governo. O governo não é ameaça nenhuma comparado à ira de Deus. O que Jesus disse sobre o servo que enterrou os talentos e depois jogou na cara do senhor quando este voltou? “Lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.

Por que o governo não está fechando os hospitais? Porque os hospitais são relevantes em uma pandemia. As igrejas deveriam ser bem mais relevantes para curar os enfermos do que os hospitais, mas elas não são, porque elas não pregam o seu próprio Deus e não praticam o que está na sua própria Bíblia. Há uma superabundância de cura no Deus cristão e na Escritura cristã, mas os cristãos não pregam isso e até combatem isso. Portanto, as igrejas são irrelevantes em uma pandemia. O governo não está dizendo que Deus não é essencial — os cristãos garantiram que as pessoas nem se importem com Deus para pensarem nele em uma emergência nacional. O governo não está dizendo que Deus não é essencial, mas Deus não está nas igrejas. Se Deus estivesse, ele faria o que só ele sabe fazer, como milagres de cura. Se Deus não está nas igrejas, fechar as igrejas não pode ser considerado um ato de desafio contra Deus. As igrejas que comecem a pregar o evangelho e curar os enfermos. As igrejas que levem essa mensagem e esse poder para as ruas. Então, quando o governo se opor a nós, aí sim podemos falar sobre perseguição religiosa. Do contrário, nem é mesmo uma religião, mas só um clube do livro. Não há perseguição. Só cale a boca e fique em casa.

Você não pode se envergonhar da palavra de Deus sobre a cura — o poder mais forte para a cura física em todo o universo — e então anunciar a sua relevância em uma pandemia. É tarde demais para se indignar agora. Você fez isso a si mesmo. Eu não — eu tenho pregado e realizado curas, mas os “cristãos” têm lutado contra mim e tentado diluir o meu alcance. Não há sangue nas minhas mãos. Nós tivemos nossa chance, mas estávamos muito ocupados lutando uns contra os outros sobre se Deus quis dizer o que disse. Espere, eu não. Vocês. Eu tenho ensinado isso, alcançado os ensináveis e repreendendo os obstinados. Mas vocês — vocês têm lutado contra isso, tornando isso um assunto de debate e não de fé e obediência. Agora as pessoas morreram por sua causa. Agora as igrejas são postas de lado por sua causa. Até os salões de beleza dão mais alegria às pessoas do que o seu antievangelho sobre Jesus Cristo, sua mensagem de doença, pobreza e sofrimento sem sentido. Pessoas como vocês fecharam minhas lojas de rosquinhas favoritas — todas elas — seus psicopatas! Se eu não posso ter minhas rosquinhas, vocês não podem ter suas igrejas idiotas. Calem a boca e fiquem em casa. Os cristãos têm a solução de Deus para a doença e a esconderam por 1500 anos. Eles a ocultaram da humanidade. É tarde demais para começarem a bancar os heróis. Que os médicos ateus e evolucionistas salvem vocês — de novo — e talvez vocês finalmente considerem levar o evangelho a sério quando tudo isso acabar. Líderes anticura, vocês têm escravizado o povo de Deus por tempo demais. Quando tudo isso acabar, deixem o povo ir. Deixem-nos ir a outro lugar onde eles possam crer na palavra de Deus e receber o que ela diz. A menos que Deus instile alguma fé em vocês, abandonem o ministério e sentem-se sob alguns mestres que realizam uma obra genuína do evangelho, que preguem a Palavra e curem os enfermos. Deixem-nos ir. Vocês resistiram ao Espírito, e isso levou ao desastre. Quanto ao público, se nós ainda não nos revoltarmos contra a incredulidade, contra as instituições tradicionais que não ensinam a cura pela fé em Jesus ou que ensinam contra isso, então, na próxima pandemia, as igrejas serão fechadas de novo.

O Direito de Não se Reunir

Não me venham com um versículo como Hebreus 10:25 declarando com toda a pompa que nós não podemos suspender as reuniões. Em outro lugar, eu comentei esse versículo extensivamente. Ele sai pela culatra contra a maioria das igrejas que apelam a ele. O versículo tem o propósito de exigir a fidelidade a Cristo, e não de ser explorado pelos líderes cristãos para manipular os seus membros a tolerarem heresias e abusos. Ou a igreja de Satanás também pode usar esse versículo? No contexto, ele diz que não devemos deixar de nos reunir devido ao medo da perseguição das autoridades. Como isso pode ser relevante quando o governo não está mirando as igrejas e quando as igrejas já abandonaram a palavra de Deus há tempos? Qual a vantagem de não deixar de se reunir quando vocês se recusam a fazer o que é certo durante a reunião? A Bíblia diz que, em uma reunião da igreja, um ensina, outro tem revelação, outro fala em línguas e outro profetiza. Isso acontece na sua igreja? Se não, para quê se reunir? Igrejas não devem deixar de se reunir por medo de perseguição, mas as igrejas têm medo de ensinar o que a palavra de Deus diz sobre ministrar milagres de cura. Que diferença faz se elas param de se reunir? É tudo uma farsa. O versículo diz que não devemos deixar de nos reunir a fim de permanecermos fiéis a Jesus Cristo. No entanto, se as próprias igrejas já rejeitaram o ensino de Jesus Cristo há muito tempo, então permanecer fiel a Jesus Cristo significa deixar de se reunir nessas igrejas. Os cristãos não devem continuar a se reunir por medo de perseguição das igrejas! Tenham a coragem de deixar de se reunir mesmo se essas igrejas condenarem vocês. Cristãos, se as igrejas não ensinam sobre as promessas de cura de Deus e não praticam o ministério de cura de milagres em nome de Jesus, então, mesmo se elas ameaçarem vocês com perseguição, não se reúnam a elas. Na verdade, vocês têm o direito de ameaçar as igrejas com a palavra de Deus. As igrejas estão agora na mesma posição daqueles que perseguiram os primeiros discípulos. Usar um versículo como Hebreus 10:25 no caso deles para ameaçar vocês seria tão absurdo quanto se os judeus que perseguiram os crentes tivessem usado o versículo para forçar os cristãos a comparecem nas sinagogas deles. O versículo não é principalmente em favor da reunião, e sim contra a concessão. O versículo é sobre fidelidade a Jesus, não fidelidade à igreja. Existe flexibilidade em se reunir quando não há concessões ao medo. Por outro lado, se uma igreja é infiel a Jesus, recusado suas promessas e mandamentos, então continuar a se reunir seria fazer concessão. Quando vocês vão levar Jesus Cristo a sério? Quando a pandemia terminar, não se reúna com a sua velha igreja que prega incredulidade e enfermidade. Não vá a uma igreja só porque diz “cristã” na placa. Ouça o que ela ensina. Observe o que ela faz. Se ela não segue Jesus Cristo nessa questão da cura com plena devoção, deixe de se reunir imediatamente. Alguns falam sobre cura, mas é só da boca para fora. Não há milagres de cura óbvios e frequentes ali. Não vá. Reúna o quanto quiser, mas em algum lugar onde creiam no evangelho. Como aquele pregador diz, “Não desperdice a sua vida” e, no próximo segundo, diz “Não desperdice o seu câncer”. Certo… não desperdice a sua vida na igreja dele.

Só para completar o assunto, vamos mencionar as teorias de conspiração. Elas não fazem diferença para a minha resposta. Isso é porque eu não estou tão preocupado sobre se a pandemia é real ou não, se as estatísticas estão corretas ou não, nem como nem onde o vírus surgiu. Essas são as últimas das minhas preocupações. As teorias de conspiração representam um tópico distinto do nosso aqui. Estamos supondo a situação como ela nos é apresentada e podemos ter uma discussão significativa sobre ela. Além disso, minhas preocupações principais não precisam ser vinculadas a eventos atuais, mas elas se referem a princípios de cura bíblica, a como as igrejas têm desafiado os mandamentos de Cristo e a como as igrejas devem se portar perante o mundo e as ordens do governo, especialmente quando elas apostataram de Cristo o Médico por um período tão longo, um que durou séculos. Todos esses pontos são tópicos de discussão completos que não dependem de nenhum contexto imediato no mundo, nem real nem imaginário. Quanto às teorias de conspiração ligadas aos nossos governos, de novo, por enquanto não há nenhum indício de que o alvo deles são os grupos religiosos. E mesmo se houver discriminação religiosa, minha preocupação principal tem a ver com a cura e a igreja. Uma igreja apóstata é um mal maior do que qualquer governo tirânico ou conspirador. E nós temos uma igreja apóstata que desafio Cristo pelos séculos nessa questão da cura dos enfermos pela fé no nome dele.

E quanto às igrejas que têm sido fiéis no ensino e na prática da doutrina bíblica da cura? E os cristãos que têm demonstrado cura e imunidade sobrenaturais verificáveis por médicos especialistas? Há alguma razão para que o governo mande que eles parem de se reunir? De fato um problema principal foi removido, mas a questão não é tão simples. Permanece o fato de que a ordem não tem as igrejas como alvo e é temporária. E como um governo distingue entre igrejas que creem na cura e as que não creem? O levante tão necessário entre as igrejas a esse respeito ainda não ocorreu. Se as igrejas que creem na cura não renunciaram e se separaram das que não creem, o governo é quem vai decidir? Esse não seria mais um abuso? De qualquer modo, em lugar de abordar esse problema da perspectiva política, eu quero manter o foco na doutrina da cura em minha resposta. As igrejas devem colaborar e suspender as reuniões temporariamente, mas por motivos diferentes. Nesse contexto, eu vou dividir as igrejas em quatro categorias amplas. Eu gostaria de traçar distinções mais precisas, mas isso tornaria a discussão muito entediante.

O primeiro grupo de igrejas e cristãos pertence à categoria dos anticura e dos sem cura. Eles não creem no que a Bíblia diz sobre cura. Ou eles não enfatizam. Ou eles são contra isso. Todo o leque de atitudes que ficam aquém de uma política vocal e ativa a respeito do ensino bíblico sobre milagres de cura cairia nessa categoria. Ela inclui aqueles que dizem que creem na cura, mas relegam todo o assunto à soberania de Deus. Eles são mentirosos, porque Deus soberanamente emitiu mandamentos e promessas nítidos sobre cura. Se eles respeitassem a soberania de Deus, respeitariam esses mandamentos e promessas. Eles adoram as circunstâncias, não o Deus da Bíblia. Essas são igrejas infiéis, igrejas falsas. Nós já discutimos sobre elas. Elas são riscos à saúde pública. Elas são um perigo à humanidade. Elas devem ser fechadas mesmo em tempos normais, se não pelo governo, certamente pelos cristãos. O que quer que o governo faça contra elas, não tenho nenhuma simpatia. Então vamos considerar as igrejas que creem na cura bíblica.

O segundo grupo de igrejas afirma a cura bíblica, mas não há fé verdadeira. Elas fazem o ritual de impor as mãos sobre os enfermos, mas milagres de cura não acontecem. Não há demonstração real da doutrina. Quando se reúnem, alguns dos membros saem pulando, gritando, dando escândalo e, no geral, agem como doidos. Mas não há poder. Essas igrejas são ligeiramente melhores do que as igrejas dos sem-cura. Elas são melhores porque pelo menos elas apresentam o assunto às pessoas sob um tom positivo, de modo que há uma chance maior de alguém nessas congregações acordar para a verdade e desenvolver fé genuína na cura bíblica. Porém, uma vez que não há poder de cura verdadeiro entre eles, também não há imunidade sobrenatural contra doenças contagiosas. Portanto, elas devem temporariamente suspender as reuniões assim como as igrejas dos sem-cura.

O terceiro grupo de igrejas afirma a cura bíblica, mas eles dependem demais dos dons do Espírito em lugar da fé nas promessas de Deus. Uma vez que eu já expliquei alhures a distinção entre os milagres que ocorrem pelos dons do Espírito e os que ocorrem por outros meios, não vou explicar de novo aqui. Basta dizer que os dons do Espírito representam somente um dos muitos modos pelos quais Deus faz milagres. Há de fato demonstrações de milagres de cura quando essas igrejas se reúnem. Os milagres são geralmente poucos em relação ao número de doentes que frequentam, mas às vezes há centenas de milagres de uma vez só. Contudo, isso só ilustra o meu ponto — uma dependência excessiva nos dons do Espírito, enquanto que, com uma fé normal, nós dependemos da soberania de Deus para fazer mais do que as pessoas creem especificamente, torna as ocorrências de milagres esporádicas e imprevisíveis. Esse tipo de execução não pode chamar atenção suficiente da comunidade médica e é insuficiente para desafiar a dominância da mentalidade cientificista. Além disso, é imediatamente relevante o fato de que uma distribuição de milagres de cura esporádica e imprevisível deixa grande parte da congregação vulnerável a doenças contagiosas. Dito isso, essas igrejas ainda podem ser de extrema ajuda quando há uma prevalência de doenças não contagiosas. Se pudermos juntar nessas igrejas pessoas com câncer, artrite, problemas cardíacos, ferimentos múltiplos, cegueira e assim por diante, muitas delas seriam curadas. O problema é que, uma vez que elas dependem dos dons do Espírito, nós não podemos dizer quais seriam curadas. E, como elas não enfatizam a fé na palavra de Deus, não há um aumento da imunidade contra doenças contagiosas. Portanto, embora estejam em uma posição bem melhor, elas também devem temporariamente suspender as reuniões, como as igrejas sem cura.

O quarto grupo de igrejas — e cristãos — são o único tipo que representa adequadamente a doutrina bíblica da cura. Eles creem no Jesus da Bíblia, aquele que disse “Seja feito conforme a tua fé”. O que você crer que acontecerá acontecerá. O que você crer que Deus fará por você ele fará por você. Eles creem no que Deus disse sobre sua própria natureza, como aquele que perdoa todas as nossas iniquidades e sara todas as nossas enfermidades. Eles creem que o estilo de vida e a atitude do Filho de Deus revelavam a vontade de Deus como aquele que é ávido por curar os doentes. Eles creem no que Jesus fez para garantir a cura para o nosso corpo. Eles creem no que Jesus ordenou sobre o ministério de cura para todos os seus seguidores. Eles creem no que a Bíblia promete sobre cura física para todos os que têm fé. Então eles ensinam a Bíblia com inteligência, reiteração e diligência, para que os seus ouvintes tenham essa fé para receber de Deus. E, por causa disso, eles são consistentes e eficientes. O povo deles sabe receber e ministrar a cura de Deus de um jeito sóbrio e deliberado. Os milagres não são aleatórios ou esporádicos. São previsíveis, recebidos e ministrados de propósito. Com um alto grau de precisão, eles podem discernir aqueles que receberiam, como quando Paulo percebeu que um homem aleijado tinha fé para ser curado e lhe disse “Fica de pé!”. Eles também recebem com alegria os dons do Espírito e, porque têm amor e compaixão pelas pessoas, eles também desejam zelosamente mais poder. Mas os dons só adicionam aos efeitos que já produzem pela fé na palavra de Deus. Esse é o único grupo de igrejas que, em princípio, não precisariam suspender as reuniões. Porém, como eles nunca estabeleceram uma reputação suficiente diante do mundo, e porque a sua influência tem sido tão diluída pelos grupos anteriores, é com pesar que eu afirmo que eles também devem suspender as reuniões. A boa notícia é que, como eles dependem somente da fé na palavra de Deus, com os dons do Espírito acrescentados como um bônus, e como a palavra de Deus é transmitida facilmente nessa época de tecnologia avançada, esse grupo de igrejas e crentes é também o menos estorvado ou afetado negativamente ao cumprir a ordem do governo de suspender as reuniões. Elas ainda podem ensinar às pessoas a palavra de Deus sobre a cura. E as pessoas que leem e ouvem o que eles dizem ainda podem receber a cura pela sua própria fé, diretamente de Deus. Todos irão sair mais fortes, melhores, mais saudáveis e mais espirituais do que nunca.

Deixe-me dizer mais sobre isso. O Novo Testamento ensina que devemos nos preocupar com a opinião pública, não no sentido de que devemos ceder às crenças falsas e desejos ímpios dos não cristãos, mas sim de que devemos apresentar a fé cristã à melhor luz possível, mantendo a impressão de o nosso Deus é que nos ensina a viver em fé, paz, compaixão e integridade. Esse é ensino é talvez pouco conhecido de vários cristãos, então segue uma lista parcial dos versículos relevantes: 2 Samuel 12:14, Neemias 5:9, Romanos 2:24, 1 Coríntios 10.32–33, 2 Coríntios 6:3, 1 Timóteo 5:14, 1 Timóteo 6:1, Tito 2:5, 1 Pedro 2:12, 1 Pedro 3:16. Há muitos outros. Jesus mesmo fez algumas coisas “para não os escandalizarmos”. Ele nunca hesitou em ofender os líderes religiosos. Na verdade, ele contradisse os credos deles e violou as tradições deles de propósito. No entanto, ele evitava ofensas desnecessárias contra aqueles que não teriam entendido. O mesmo com Paulo. Várias vezes ele disse que deveríamos nos portar dessa ou daquela maneira para que “o nome de Deus e a sua doutrina não sejam blasfemados”. Claro, alguns descrentes vão blasfemar contra Deus de qualquer jeito, mas os cristãos não devem jogar lenha na fogueira. E de fato é possível, em alguns aspectos, obter uma reputação positiva. Por exemplo, se os cristãos nunca roubarem nem mentirem quando fizerem negócios, os descrentes podem ainda considerá-los tolos por crer em Deus, mas dirão “Pelo menos eles sempre honram a sua palavra”. Se os cristãos nunca acobertarem abusos sexuais que ocorrerem no seu meio, mas rapidamente e publicamente punirem os ofensores, e se determinarem a ir atrás dos criminosos para levá-los às autoridades, os descrentes dirão “Bem, se eles disseram que nunca aconteceu, então é claro que nunca aconteceu”. Mas os cristãos mentem sim nos contratos constantemente. E os cristãos acobertam abusos sexuais de tal modo que nós nem sabemos o quanto já foi acobertado. E agora estamos tão indignados sobre a liberdade religiosa! Nós não seguimos o exemplo de Jesus e dos apóstolos. Nós não nos importamos com integridade e a opinião pública sobre a fé cristã. Para o mundo, a fé cristã representa hipocrisia, não integridade. Fique envergonhado, não indignado. Fique constrangido, não inflado de justiça própria. Se nós tivéssemos nos importado com o modo como os de fora enxergam a fé que o Senhor nos confiou, teríamos nos comportado de maneira diferente pelos séculos. Então os descrentes diriam “Eu ainda não acredito no que eles dizem, mas tenho de admitir que são um povo pacífico e produtivo. Eles somam um bem à sociedade”. Se isso é o melhor que pudermos alcançar entre os que se recusam a crer, ainda devemos tentar. É correto ofender os descrentes o quanto pudermos, em todo o tempo possível, desde que em prol da verdade, mas os cristãos geralmente os ofendem por causa de orgulho e autojustiça, ou eles se posicionam por aquilo que eles gostariam que fosse o certo após contradizerem o que sabiam ser o certo segundo a palavra de Deus. E Jesus tem de pagar com a sua própria reputação pelos nossos erros.

Uma vez que as igrejas se esforçaram arduamente pelos séculos para se estabelecerem como as instituições mais inúteis em um tempo de doença endêmica, quando elas resolvem do nada tomar uma postura e defenderem um princípio para o qual nenhum descrente liga, e que nem é necessariamente bíblico, isso não vai lhes dar uma impressão positiva sobre a fé de Jesus Cristo. Quando os de fora pensam sobre os cristãos, a cura quase nunca vem à mente. Nas raras ocasiões em que eles veem alguns cristãos que oram pelos doentes, imediatamente eles veem ainda mais cristãos os atacando. Então, em um momento em que a cura é a coisa mais importante para o mundo inteiro, os cristãos não se tornam nada mais do que um estorvo público, pior, um perigo público, quando eles desafiam as opiniões médicas e insistem em uma prática que, para os de fora, é exatamente aquilo que mais ameaça a cura. Os cristãos cederam todo o domínio da cura dos enfermos para os pagãos, permanecendo no Juramento Hipocrático em lugar de na Grande Comissão. Esse é o pior momento para alçar a voz por um princípio que não tem nada a ver com a cura de enfermos. É um convite para o desprezo máximo. Os cristãos não ofereceram nenhuma explicação abrangente e inteligente sobre a cura de doentes para os não cristãos, seguida de demonstrações e provas que resistiriam ao escrutínio de especialistas médicos — e sim, embora creiamos que a ciência humana é gravemente defeituosa, milagres de cura realizados pelo poder de Cristo podem satisfazer os padrões deles. Assim, se de repente desafiarmos o conselho médico, os descrentes não vão nos ver como pessoas de princípios firmes, e sim como retrógrados e egoístas. Eles vão pensar que os cristãos são não só os que morrem, mas os que contribuem para o alastramento dessa doença contagiosa a todos os outros. E, com relação à maioria dos cristãos, que não têm fé nenhuma de que a lei do Espírito da vida em Jesus Cristo nos libertou da lei do pecado e da morte, essa conclusão dos pagãos estaria acertada.

Não fique com raiva dos seus governantes. Eles estão tentando salvar vidas, incluindo a sua. Estão tentando salvar você da consequência da sua incredulidade e da sua tradição religiosa estúpida. Fique com raiva da sua igreja. Fique com raiva dos seus pastores e teólogos. Fique com raiva dos seus heróis da ortodoxia, históricos e modernos. Fique com raiva de todos aqueles que se opuseram à cura pela fé em Jesus Cristo. Fique com raiva até daqueles que simplesmente se omitiram de ensiná-la. Todos eles pecaram contra Deus e contra toda a humanidade. Você irá finalmente exorcizar essas pessoas da sua vida? Não, né? Então você deve ter raiva principalmente de você mesmo. Você tem a mesma Bíblia. Você tem a mesma mensagem de Deus que todos os outros têm. Se eles não creram em Deus, você poderia ter crido em Deus. Mas você não fez a sua parte de crer naquilo que ele disse e ensinar a outros. Quanto mais raiva você tem do seu governo, e quanto mais você os desafia neste momento, mais você condena a si mesmo. Você ceifa o que semeia. Você tem semeado mensagens e atitudes de doença, e é isso que você ceifa agora. A sua teologia é tão masoquista que você até se orgulha de estar doente. Jesus chamou isso de cativeiro satânico, mas você acha que isso é uma medalha de santidade ou alguma dádiva de Deus. E você atacou aqueles que creem na cura bíblica. Agora quando as pessoas ficam doentes, a última coisa em que pensam é Jesus — por causa de gente como você. Então quando elas tentam deter o contágio de doenças com decretos de isolamento e os cristãos insistem em se reunir, as igrejas não aparentam ser soluções para nada, mas apenas problemas aos olhos dos descrentes. A culpa é sua. Você deixou a situação chegar a esse ponto. Os únicos inocentes são os que promoveram a cura bíblica o quanto puderam, mas foram abafados pelas vozes da incredulidade. Se você tem sido fiel aos ensinos da Escritura sobre a cura, e se você está indignado porque o governo não trata você como uma exceção nem lhe considera essencial, então, a partir de agora, esforce-se para se distinguir dos outros que dizem ser cristãos, mas são na verdade hereges sem cura e anticura.

É claro que somos considerados não essenciais. Os cristãos não são essenciais nem no aspecto psicológico, porque até terapeutas pagãos oferecem mais conforto do que os falsos mestres que ficam falando sobre a vontade de Deus e o dom da doença. É uma desgraça completa. É nesse fundo do poço que os cessacionistas nos meteram. Para que serve as igrejas se reunirem, só para dizer que estão reunidas? Só há danos, não benefícios. As igrejas nem estão ensinando o que a palavra de Deus diz sobre o assunto. É muito melhor que as pessoas fiquem em casa e leiam a Bíblia sozinhas. Talvez algumas delas vão descobrir a verdade sem serem distraídas por pastores não regenerados. Se tivéssemos apresentado a cura bíblica de uma maneira sóbria e inteligente por todo esse tempo, e se tivéssemos fornecido casos verificáveis pela medicina para os especialistas, e se tivéssemos demonstrado imunidade até para novas doenças e vírus — você pode não crer que o evangelho inclui essas coisas, mas vamos supor que sejam verdade — então não iria importar se as igrejas (as que têm fé) insistissem em se reunir durante uma pandemia. Na verdade, até os descrentes apoiariam isso e viriam aos nossos cultos. Nós seríamos o único grupo com permissão para ficarmos abertos para o que quiséssemos, se o mundo soubesse o que o nome de Jesus pode fazer. Mas o mundo não sabe. Os cristãos fizeram um bom trabalho para isso. É tarde demais para querer tratamento especial nesta crise, mas nós sabemos o que fazer para prosseguir. Cristãos devem investir maciçamente na cura bíblica, com o seu coração, seu tempo, seu dinheiro — tudo. Cristãos devem desenvolver a fé para experimentar consistentemente milagres de cura em uma escala global e total. Deve haver uma pandemia de curas. Eles precisam ser mais vocais e mais ousados no ensino e na prática disso. Eles devem ser menos corteses com seus críticos. Eles devem estabelecer uma política de tolerância zero contra todas as seitas e representantes da não-cura e da anticura. Quanto àqueles que têm crido na cura pela fé, mesmo quando foram bem sucedidos para si mesmos, eles não são totalmente sem erros. Eles não foram audazes e implacáveis o bastante. Eles se misturaram demais com os hereges sem cura e anticura. Eles não se esforçaram o bastante para separar a si mesmos, para demonstrar uma distinção perante aqueles que não perceberiam a diferença. Tudo isso deve ser feto sem sacrificar uma abordagem inteligente e deliberada à doutrina e à prática. É possível? Os cristãos são cheios de pecado, obstinados, e a maioria nem é cristã de verdade. Então não pense que isso vai acontecer naturalmente. Não obstante, o que é impossível aos homens é possível para Deus. E eu com certeza farei a minha parte.

Um dos Ministérios Mais Espirituais

Os membros da tradição reformada são especialmente hipócritas. Eles declaram que Deus é para todas as áreas da vida. Eles declaram que não há distinção entre o sagrado e o secular. Alguns dizem que o corpo é tão importante quanto a alma. Muitos dos mais respeitados teólogos deles até declaram a unidade do corpo e da alma de tal forma que nem deve haver uma distinção. Eu já os critiquei em todos esses pontos, porque ou eles não significam o que estão dizendo, ou são redondamente errados, e alguns aspectos são heréticos e blasfemos. É claro que Deus é para todas as áreas da vida, mas os reformados não acreditam nisso. Eles tornam Deus em um princípio heurístico para que eles possam falar sobre todas as áreas da vida, e só. E eu já argumentei que existe uma distinção nítida entre o sagrado e o secular e entre o corpo e a alma. Eu afirmo que há uma prioridade entre eles, de forma que a alma é mais importante do que o corpo, mas Deus cuida de ambos e provê para ambos. De qualquer modo, quando eu ensino sobre a cura bíblica, os reformados são os que reclamam que eu enfatizo demais o corpo. Quê? Eles se ouvem? Além de ser uma resposta hipócrita que contradiz o que eles mesmos alegam, é um ataque direto contra a coisa mais óbvia no ministério de Jesus, a coisa que ele usava para se apresentar, a coisa tão óbvia que até os estrangeiros tinham ouvido antes de ouvirem o resto do evangelho: “Vós conheceis a palavra que se divulgou por toda a Judeia… como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”. É isso que eu estou enfatizando demais? Se isso for o que define os reformados, então devemos considerar uma renúncia oficial da tradição e abandoná-la para sempre. Devemos declará-la uma apostasia. Nós não precisamos desse entulho. Mas se não é isso que define os reformados, então que aqueles que ainda se apegam a essa tradição humana provem a si mesmos e “deem fruto de arrependimento”.

A cura é importante para todas as áreas da vida. Jesus entendeu isso. A cura é especialmente espiritual. Seus milagres de cura levaram muitos à fé e ao arrependimento, à adoração e ao louvor a Deus. Até os descrentes sabem que a cura afeta tudo na vida, todos os aspectos de uma nação, de uma economia, mesmo todos os aspectos da humanidade e da história. Os cristãos sabem que ela também é importante para a vida “espiritual”. Se os reformados ainda são muito burros para entender isso depois de uma pandemia, então talvez não há como salvá-los do julgamento de Deus. A doença debilita não só corpos, mas os meios de vida, a educação dos filhos e até as reuniões de igreja. Os reformados acaso não sabem que todos os aspectos da vida e do pensamento estão interligados assim? Alguns deles até fingem ensinar isso como especialistas, não é? A fé é para todas as áreas da vida. Ela não só verbaliza sobre todas as áreas da vida, que é o que os reformados fazem. A fé produz resultados tangíveis, mesmo milagres e outros efeitos concretos, em todas as áreas da vida. Isso porque o próprio Deus atende à fé em todas as áreas da vida. Os reformados ensinam que Deus é para todas as áreas da vida, mas não acreditam nisso, o que os torna os mais hipócritas e fracos de todos os cristãos. Desculpe, eu quis dizer: de todos os que se dizem cristãos. Ofendidos? Nervosinhos? Eu não ligo, porque o governo está me protegendo de vocês e eu estou ficando em casa, seus gnósticos idiotas. Por falar dos gnósticos… digo, os reformados; espere, quero dizer, os gnósticos. Quem é quem? Deixe-me recomeçar. Os reformados adoram chamar todo mundo de grego isso ou gnóstico aquilo. Se alguém diz que essa coisa espiritual é mais importante do que aquela coisa física… “GREEEGO!”. Se alguém diz que há uma distinção nítida entre a alma e o corpo… “GNÓÓÓSTICO!!!”. Se alguém aponta que o “pois tudo o que Deus criou é bom” não lhe dá licença para se refestelar em esportes e bebidas… “GREEEGO!”. Se alguém diz que Deus ainda fala em visões e sonhos… “GNÓÓÓSTICO!!!”. Aí você me aparece com alguém que diz “A diferença entre mim, reformado, e você é que eu sou a favor da cura de almas, enquanto você enfatiza a cura dos corpos”. Isso faz algum sentido para qualquer um que tenha sido exposto à minha pregação e aos meus escritos? Eu enfatizo quase tudo. Claro, no chamado de Deus, alguém pode se dedicar mais a certos assuntos e tarefas, e eu tento ser “grego” e “gnóstico” como Jesus ao seguir aquilo que ele enfatizava, mas, como alguém que se considera principalmente um evangelista da cura desde o primeiro dia do ministério — sim, o tipo que os teólogos sempre criticam e nunca conseguem imitar — eu tenho enfatizado muitas outras coisas. A verdade é que os reformados são os mais gregos e gnósticos de todos, ou ainda piores do que os gregos e gnósticos, e eles excluem Deus de quase todas as áreas da vida, permitindo-o somente como um princípio de discussão ou interpretação, nunca como um poder ou pessoa ativa e patente.

A cura do corpo é um dos ministérios mais espirituais. Jesus o amava como a nada mais, e ele disse que estava só seguindo a direção do Pai. Ele realizou esse ministério pelo poder do Espírito Santo e, nesse tópico, ele alertou que qualquer um que falasse contra o Espírito nunca seria perdoado. Jamais! Logo, quem rebaixa esse aspecto da fé cristã insulta todas as três pessoas da Trindade ao mesmo tempo. A cura do corpo pelo poder de Deus é uma obra muito espiritual e geralmente prepara a cura da alma. Certo homem era paralítico há 38 anos. Jesus o curou e disse “Não voltes a pecar, para que algo pior não te aconteça”. Isso mostra que não só a cura do corpo prepara para a cura da alma, mas que a doença na alma, que é o pecado, pode levar à doença no corpo. Todas as áreas da vida estão interligadas, e Jesus é para todas elas. Certo homem era cego de nascença. Jesus disse que a obra de Deus seria manifestada na sua vida. Isso não parece espiritual? Ele curou o homem da cegueira. Isso levou a um episódio alucinante que expôs a confusão e a hipocrisia dos tradicionalistas religiosos. E Jesus disse ao homem “Crês tu no Filho do Homem? Já o tens visto, e é o que fala contigo”. E o homem respondeu “Creio, Senhor”, e adorou Jesus. Isso parece um tanto espiritual, não é mesmo? A cura física faz isso. Em outro lugar, Jesus disse “Filho, os teus pecados estão perdoados. E para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa”. Não ouse jogar uma coisa contra a outra. É incalculável a quantidade de gente que foi enfraquecida no espírito, desprezou o evangelho e foi lançada no inferno porque cristãos nunca lhe contaram sobre um Jesus que cura os doentes. Se você é tão espiritual, você acreditará na palavra de Deus sobre cura física. Se você não crê na palavra de Deus sobre cura física, então você não é espiritual. Quanto mais você crê em Deus para a cura física, mais espiritual você se torna, porque significa que você está olhando para Deus mais do que para as suas circunstâncias, e que você está prestando mais atenção às promessas dele do que em sensações físicas e em opiniões de homens. Como que isso não é espiritual? Como a Bíblia diz, “Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito. Sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera. Pelo que isso lhe foi também imputado para justiça”. Abraão foi justificado pela fé em uma promessa de cura física.

No que diz respeito ao modo como devemos ministrar aos que foram contaminados por essa doença, nós não devemos fazer um caso especial. É claro que ela pode ser mais contagiosa que muitas outras, e a ciência médica não desenvolveu uma resposta confiável e aplicável em grande escala a isso. Para nós, uma doença é tão impossível de curar quanto qualquer outra, porque nós não temos poder em nós mesmos para curar ninguém. Seja qual for a condição, nós conseguimos curar os doentes somente pela fé em Deus. E, para Deus, esse é só mais um vírus besta. Assim, não faz diferença para nós nem para Deus. Designar instruções especiais para oração nesta época seria dizer que nós não temos ensinado os métodos corretos desde sempre, ou que nós reservamos outros parâmetros para quando fossem necessários. Golias era talvez mais forte do que o leão e o urso, mas Davi foi contra ele do mesmo jeito, com os apetrechos de um pastor e em nome do Senhor. O método mais confiável de ministrar aos enfermos sempre foi o de ensinar a eles a palavra de Deus sobre o assunto, para que eles possam receber diretamente de Deus, com ou sem nossas orações por eles. Nós podemos rever as promessas de Deus sobre cura e também rever os métodos que temos usado e que são ilustrados na palavra de Deus. No entanto, eu quero acrescentar que, no caso de doenças contagiosas, os cristãos devem andar em fé, não em presunção. Não é necessário impor as mãos sobre os doentes quando oramos pela sua cura. Por exemplo, no caso dos leprosos, Jesus às vezes os tocava com suas mãos, mas às vezes ele só declarava a sua cura e os despedia no seu caminho. A cura pode acontecer de qualquer modo. Agora, nós podemos dizer que ele deliberadamente tocou em alguns deles para remover o rótulo de impureza dos leprosos. Isso nem sempre se aplica e ele não tocou em todos. E os que têm o vírus hoje não são considerados espiritualmente impuros, logo não há razão para tocá-los de propósito para combater a tradição religiosa. Mesmo se possuirmos imunidade pela fé, pode ser apropriado demonstrar uma excelente higiene quando oramos pelos doentes, a fim de evitar escândalo. Como parêntesis, a fé não é um pretexto para hábitos nojentos. Os cristãos devem ser os mais limpos do mundo. Fora isso, não temos novas instruções. O nome de Jesus irá funcionar contra todas as doenças, novas e velhas, contagiosas ou não, fortes e fracas.

Poucas outras questões suscitam uma guerra civil entre cristãos além da cura bíblica. Um ataque maciço e global contra todas as seitas anticura já está muito atrasado. Eles deixaram a situação atual acontecer e eles vão continuar explorando o sofrimento das pessoas e aumentar o fardo delas a fim de manter suas posições religiosas. As suas heresias sem-cura e anticura, antifé, antipromessa e suas heresias sobre uma falsa soberania, bem como suas heresias cessacionistas, todas elas revelam quem eles são no seu coração. Como Jesus disse, “Como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração”. Nós devemos expor todos os hereges anticura em praça pública e exterminá-los com a oração da fé e com a palavra de Deus. No entanto, a abordagem mais confiável para combater heresias é pregar a verdade. Logo, é ainda mais importante que nós tenhamos fé na palavra de Deus sobre a cura e ensinemos os outros sobre ela. Não entre em debates intermináveis com aqueles que dizem ser seguidores de Jesus, mas que nunca vão concordar com o que ele disse. Vá atrás daqueles que possam escutar o evangelho da cura — o único evangelho na palavra de Deus. Ainda existem milhões de pessoas que não sabem que é possível que Deus cure os doentes. Nunca passou pela mente delas que Deus faria algo visível e concreto por elas, que faria um milagre por elas, que atenderia as suas orações de uma maneira imediata e patente. Conte a elas. E não podemos para por aí. Devemos edificar a nossa vida sobre as promessas de Deus sobre a cura, e receber e ministrar essa cura em nossa experiência cotidiana. As promessas de Deus não são só palavras bonitas em um papel, mas são destinadas a produzir resultados poderosos. Jesus disse “Seja feito conforme a tua fé”. O que você crer que lhe acontecerá é o que lhe acontecerá. Se você crer contra a cura, você não vai recebê-la. Se os hereges anticura ficarem doentes e se arrependerem, nós ainda devemos orar para que eles sejam curados, e os seus pecados serão perdoados. Essa é a compaixão de Jesus. Todavia, se eles endurecerem o coração contra a verdade, então eles receberão em seus corpos a plena medida da sua teologia de doenças, pobreza e sofrimento. Deus fará com que eles colham a devastação completa das suas falsas doutrinas nos seus corpos, nas suas finanças, nos relacionamentos, nas suas famílias e filhos. Como diz a Escritura, “Por minha vida, diz o SENHOR, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros”.

— Vincent Cheung. A Matter of Public Health. Disponível em Contract (2020), pp. 67–84. Tradução: Luan Tavares (20/06/2021).

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O Senhor Que Te Sara
O Senhor Que Te Sara

Written by O Senhor Que Te Sara

“Eu sou o SENHOR que te sara” (Êxodo 15:26). Despertando sua fé para o sobrenatural de Deus. Refutando o cessacionismo e outras doutrinas do incredulismo.

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