Provisão: Do Necessário ao Supérfluo

Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. (Salmo 104:14–15)

Quando pregamos sobre provisão, dizemos às pessoas que Deus pode e quer suprir as suas necessidades. Filtrada por ensinamentos de incredulidade, a informação pode chegar aos ouvintes significando apenas que Deus nos dará o que for estritamente necessário à sobrevivência.

Essa não é a doutrina bíblica da provisão. Deus não segue a definição de necessidade dos teólogos sem fé. Em vez disso, no seu trabalho como provedor, ele define necessidade como a falta de algo desejável. Isso precisa ser verdade ou Deus nos daria muito menos, mas nós vemos que “a terra está cheia das suas riquezas”.

Deus nos supre totalmente, do necessário ao supérfluo. Ele dá o pão que refaz as forças, o vinho que alegra o coração, e o óleo que ilumina o rosto. Ele provê o que é necessário à vida, e também o que serve simplesmente ao nosso prazer. De fato, seu cuidado é tão abrangente que ele acrescenta um cosmético.

A provisão divina é a evidência papável de que Deus se importa não só com a nossa vida, mas também com o nosso bem-estar. Ele não garante a nossa vida para tristeza indigência, mas para alegria e dignidade. Embora o nosso texto fale da provisão universal, ele serve como argumento para fortalecer a provisão especial.

Se o cuidado de Deus pelos homens em geral inclui o necessário e o supérfluo, por que nós, que somos seus filhos, esperaríamos menos dele do que uma superabundância de tudo o que é bom? Deus é um bom Pai, e um bom pai, por mais que goste de um pet, sempre reservará o melhor para os seus filhos.

— Gabriel Arauto