Os Três Sentidos da Palavra “Revelação”
Por Vincent Cheung, extraído do artigo “Jargonized Theology”
Os teólogos meia-boca e fajutos da chamada ortodoxia histórica, uma vez que formularam suas doutrinas com palavras que selecionaram, não permitirão que essas palavras sejam usadas com significados diferentes. Essa prática é generalizada. Às vezes, essas palavras são usadas na Bíblia, e eles não permitiriam nem mesmo que a Bíblia usasse essas palavras com significados diferentes. Assim, sua herança teológica se torna uma tradição feita pelo homem que subverte a palavra de Deus. A palavra “revelação” é um exemplo. A Bíblia usa a palavra “revelação” em pelo menos três sentidos. Primeiro, refere-se à inspiração da Escritura. Encontramos isso em 1 Pedro 1. Podemos concordar que não há novas revelações quando o contexto deixa claro que nos referimos à revelação nesse sentido, e somente nesse sentido. Segundo, refere-se à iluminação do homem interior sobre o que foi revelado pela inspiração. Encontramos isso em Efésios 1. Nesse sentido, é claro que existem “novas revelações”. Você nem pode ser salvo sem novas revelações neste sentido. Ironicamente, aqueles que negam “novas revelações” provavelmente estão corretos sobre isso — eles nunca receberam uma “revelação” de Jesus Cristo e seus benefícios na redenção. Eles se autodenominam ortodoxos defensores da fé, mas o fazem como estranhos à fé! Terceiro, refere-se ao exercício frequente dos dons proféticos quando os crentes se reúnem para adoração ou realizam vários ministérios. Encontramos isso em 1 Coríntios 14. Paulo disse que “cada um” pode contribuir para uma reunião da igreja, como “uma revelação”. Ele não quis dizer que toda pessoa pode acrescentar algo à Escritura. Aqueles que pretendem proteger a Bíblia de “novas revelações” se recusam a aceitar o que a Bíblia diz sobre as revelações. Hipócritas autocondenados. Eles não estão protegendo a Bíblia, mas estão protegendo suas próprias teorias e tradições contra a Bíblia. Devemos restaurar a palavra “revelação” ao nosso uso diário, em todos os sentidos permitidos pela Bíblia. Se os “cristãos” sem fé se incomodam, esse é o motivo para a usarmos ainda mais, para que aqueles que desejam seguir a Bíblia logo se acostumem com os usos legítimos da palavra novamente. Vamos encorajar os cristãos a desafiar as tradições antibíblicas. Vamos encorajar os cristãos a descartar completamente a falsa piedade e o absurdo teológico sem qualquer restrição ou hesitação.
— Vincent Cheung. Trace (2018), pp. 53–54. Tradução: Luan Tavares.