O Real Problema do Suicídio

As explicações seculares do suicídio são realmente incríveis.
Desde 3 séculos atrás, os homens têm descartado a relevância de Deus e reduzido o escopo da sua visão a apenas o natural. Eliminaram assim qualquer ponto de referência que transcenda o mundo.
Tentaram então substituir pelo nacionalismo ou por uma utopia da humanidade beatificada do futuro. O resultado dessa teleologia coletiva com o naturalismo foram as grandes guerras e a carnificina comunista. Veio então o pós-modernismo com força, eliminando qualquer outro ponto de referência que transcenda o próprio indivíduo e o enclausurado em si mesmo, em uma anarquia solitária. E a psicologia, que pensa poder curar o suicida, foi justamente o que o condenou a essa cadeia.
Sem razão para viver além de si mesmo, cada indivíduo se tornou seu próprio deus. Incompetente para tal empreendimento, ele se tornou seu próprio diabo. E pra piorar, há centenas e milhares de outros indivíduos-diabos com os quais ele tem de conviver.
A vida assim é um inferno. Uma alma firmada na rocha do verdadeiro Deus pode enfrentar um milhão de diabos, mas a alma que é o seu próprio diabo é autofágica, corrói a si mesma e é cindida em um abismo próprio.
O mundanismo necessariamente leva à mentalidade suicida. E a solução que ele mesmo oferece é mais mundanismo, mais anarquia, mais autorreferência circular.
O problema do suicida não é o meio. É ele mesmo, sua alma escravizada a si mesmo e sofrendo nas suas próprias trevas. Somente Jesus, que é luz, rocha e verdade, pode resgatar alguém inclinado ao suicídio. Podem vir os terrores que forem: a alma de quem se firma em Jesus pode derrotar o inferno inteiro feliz da vida.
— André de Mattos Duarte
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