O Poder de Elias

Vincent Cheung

O Senhor Que Te Sara
3 min readAug 10, 2023
“The Prophet Elijah and the Widow of Zarephath”, c. 1630, de Cornelis van Poelenburch.

A oração de um justo é poderosa e eficaz. Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos. (Tiago 5:16b-18)

Há dois tipos de lições que podemos tirar de um homem de Deus falho. Podemos ser inspirados a imitá-lo por causa de seu fracasso; isto é, visto que até Elias teve suas imperfeições e momentos de fraqueza, somos encorajados a perseverar em nossas lutas. Mas Tiago nos leva em uma direção diferente — ele nos aponta para o sucesso de Elias e para seu poder na oração como um exemplo para nós. A ênfase não era que, embora Elias fosse um grande profeta, ele era falho como nós; ao contrário, visto que Elias era humano como nós, isso significa que podemos ser como ele! A lição não é que, porque ele fugiu e se entristeceu, não devemos nos sentir desesperados quando nos encontramos fazendo isso também; ao contrário, é que mesmo em nossa fraqueza e fragilidade humana, podemos aspirar ao poder do profeta.

Há uma terceira maneira de aludir a um homem de Deus, e é quando pregadores e teólogos nos dizem: “Você não pode fazer isso. Você não pode ser como ele. Ele era um apóstolo”. Dessa maneira, eles tentam restringir nossa ousadia, sufocar nossa fé e extinguir o Espírito, assim como o dom de Deus se agita dentro de nós. É o chamado da incredulidade em busca de companhia. Eles não aprenderam isso na Bíblia, e Tiago não nos ensina a pensar dessa forma. Em vez disso, Tiago diria que Paulo era um homem como nós, e Pedro era um homem como nós, e visto que eles fizeram coisas maravilhosas para o Senhor, nós também podemos, porque “a oração de um justo é poderosa e eficaz”. Confiamos no poder de Cristo, e ele é maior do que qualquer apóstolo ou profeta. Se Deus ouviu Paulo, Pedro e Elias, então ele também nos ouve. Tiago refere-se a Elias não para o fazer descer ao nosso nível, mas para que possamos subir ao nível dele.

Como devemos responder àqueles que ensinam a incredulidade? Dizemos: “Certo, ele era um apóstolo, e evidentemente você não é ninguém. Portanto, prefiro seguir exemplo dele de fé e poder, e sua ousadia em falar, a seguir um perdedor como você. Ele era um apóstolo, e é exatamente por isso que vou imitar sucesso dele o máximo que eu puder. Mas você quer que eu me torne um fraco e um fracassado, e impotente como você. Isso não vai acontecer”. Ora, se a Bíblia nos ensina a imitar até mesmo Jesus, que é mais do que um homem como nós, então ela nos ensina a pensar como vencedores e realizadores espirituais. Assim aprenderemos a fé de Abraão e Raabe (2:20–26), a perseverança dos profetas e de Jó (5:10–11), e a fé e o poder de Elias (5:17–18).

Nossos pregadores e teólogos gostam muito de Neemias e se referem a ele como um exemplo de confiança na providência oculta de Deus. Não tenho nenhuma objeção a isso. No entanto, Tiago não cita Neemias para ilustrar o tipo de poder que está disponível para nós em Cristo. Ele cita Elias, que orou e a chuva cessou por três anos e meio, e novamente ele orou, e os céus deram chuva, e a terra produziu seus frutos. Tenhamos sempre em mente que não seremos julgados por líderes e eruditos incrédulos, mas pelo Senhor Jesus na forma como respondemos às suas palavras, ou seja, ao que a Bíblia realmente ensina. Falsos ensinamentos de homens nunca são uma desculpa, pois se somos tão facilmente influenciados pela incredulidade, então deve haver alguma atração nisso para nós em primeiro lugar. Mas Tiago fala a verdade e encoraja nossa fé. Jesus Cristo nos reconciliou com Deus e agora as nossas orações podem ser poderosas e eficazes, assim como as orações de Elias.

— Vincent Cheung. The Power of Elijah. Disponível em Sermonettes — Volume 4 (2011), pp. 33–34.

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O Senhor Que Te Sara

Written by O Senhor Que Te Sara

“Eu sou o SENHOR que te sara” (Êxodo 15:26). Despertando sua fé para o sobrenatural de Deus. Refutando o cessacionismo e outras doutrinas do incredulismo.

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