O Herói da Humanidade

Vincent Cheung

O Senhor Que Te Sara
6 min readDec 6, 2022

Enquanto o mundo começa a comemorar o surgimento de uma vacina que pode ser eficaz contra a ameaça atual, a igreja perdeu há muito tempo a oportunidade de aclamar Jesus Cristo como o Operador de curas milagrosas, o Herói da Humanidade. Isso se deve à incredulidade histórica e ortodoxa e ao evangelho satânico da doença que os cristãos abraçaram por muitos séculos. Por todo esse tempo, a igreja teve a solução para todas as doenças, vírus, ferimentos, tragédias, acidentes, venenos e armas biológicas, e para todas as variações dessas coisas, por meio da fé em Jesus. Mas ela nunca teve fé em Jesus. Ela nunca viu Jesus como mestre, mas só como um mascote.

Na época em que a pandemia invadiu o mundo, já era tarde demais para apresentar as boas novas do Jesus Que Cura, porque mesmo a maior parte da igreja nunca creu nele. Para piorar, os sermões e textos que abordaram a pandemia de uma perspectiva supostamente cristã reiteraram a premissa tediosa de que esse tipo de coisa é “da vontade de Deus”, de modo que devemos refletir sobre o que fazer já presumindo que somos indefesos contra ela — ao menos até a ciência nos salvar — em vez de declarar que todas as doenças são indefesas contra o nome de Jesus Cristo, de modo que devemos convocar a humanidade a derrotar a doença pela fé. É verdade que todas as coisas estão sob o poder de Deus, e é por isso mesmo que podemos curar os enfermos pelo nome de Jesus. O Deus que controla todas as coisas nos revelou a doutrina da cura. O sucesso é garantido quando lhe obedecemos pela fé.

A igreja conseguiu o que parecia ser impossível: em menos de um ano, ela se fez ainda mais patética e irrelevante, e ainda mais repugnante. Em meio à calamidade, enquanto todo mundo está quebrando a cabeça para salvar vidas — ou pelo menos para salvar o seu estilo de vida — a igreja tem sido um incômodo cheio de autojustiça filosofando sobre o sofrimento e alardeando o direito de se reunir, sem oferecer a menor solução direta para a doença. Ela nunca foi considerada uma fonte de cura para doenças, mas agora ela é mundialmente infame por ser fonte de contágio! E, pra variar, ela se vitimiza e chama isso de perseguição.

Enquanto parentes e amigos estão morrendo, os cristãos aparecem e anunciam que essa é a “vontade de Deus” e passam sermão sobre como conviver com isso e que lição aprender disso. E é tudo bobagens cheias de condescendência, platitudes vazias. Jesus Cristo veio fazendo o bem e curando aqueles que eram oprimidos pelas doenças. Sua lição foi que Deus salva, Deus cura, Deus provê e Deus domina. A igreja ensina que Deus está “no controle”, logo devemos aceitar nossas circunstâncias, mas Jesus ensina que Deus está “no controle”, logo podemos vencer nossas circunstâncias. Ele disse que, pela fé, podemos até mesmo arrancar uma árvore ou mover uma montanha dando uma simples ordem. Nenhuma doença pode resistir a tal poder. Mas esse é o poder que qualquer cristão que tenha fé pode exercer. A soberania de Deus nos diz que é isso que a fé do homem pode fazer. O Deus que está no controle de todas as coisas nos coloca no controle das nossas circunstâncias pela sua autoridade.

Agora que um ano se passou e o mundo talvez descobriu sua própria solução sem nenhuma ajuda da igreja, os descrentes veem nisso mais uma confirmação de que a igreja é irrelevante e não essencial e, por extensão, que Deus é irrelevante e não essencial. Os cristãos insistem que o Deus deles não oferece nenhuma solução para as necessidades e desejos do mundo e que, se ele fazia isso antes, ele gloriosamente cessou de fazê-lo. Por quê? Supostamente porque ele terminou de registrar suas memórias e não tem mais nada a provar. Os incrédulos reviram os olhos e dizem ‘Bem, que bom pra ele’. E deixam pra lá. A maioria deles nem se dá ao trabalho de discutir.

A igreja merece o desprezo que está recebendo. Tendo rejeitado o Deus dos milagres, o Deus que a própria Bíblia dela ensina, ela se tornou aos olhos dos descrentes nada mais do que um clube do livro grotesco que espalha mitos e regras ultrapassados. E agora também espalha vírus mortais. Mas Jesus não merece isso. Jesus cura os enfermos e está mais perto de nós hoje do que quando ele andou na terra. Mas a igreja mentiu sobre ele, dizendo que ele cessou. E agora a ciência, que é só outro nome para humanidade, está ganhando toda a honra que pertence somente a Deus. A igreja está falida. A cura está no Cristo que ela rejeitou. A solução está na mensagem que ela chama de heresia. Isso é a repetição da antiga tragédia. Como está escrito: “A pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a pedra angular”. A igreja insiste no culto público por causa dela mesma, a igreja pela igreja, quando ela não cultua o Deus da Bíblia, o Deus dos inumeráveis milagres. A Bíblia não reconhece um Deus que cessou de curar os enfermos por sinais e maravilhas.

“Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam!”O caminho agora é que os cristãos individuais que despertaram para a verdade se revoltem contra a desobediência corporativa, contra o evangelho histórico e ortodoxo da incredulidade, e insiram novamente o evangelho de Jesus Cristo, que é o evangelho de poder, cura e vitória. “Saiam dela, povo meu”! Se o vexame atual não despertar os crentes que estão dormindo, o que irá? É hora de lutar não pela igreja contra o mundo, mas por Jesus Cristo contra a igreja.

O conflito entre a doutrina do sobrenaturalismo de Jesus e a doutrina do naturalismo da igreja, entre a doutrina de expansão de Jesus e a doutrina de cessação da igreja, e entre a doutrina de cura dele e a doutrina de enfermidade da igreja é nada menos do que uma batalha entre o bem e o mal. Cada indivíduo precisa escolher um lado e declarar guerra contra o outro. Abandone as igrejas que não praticam a cura e a profecia. Acabe com os seminários e as denominações que ensinam um evangelho de doença e pobreza. Excomungue os pregadores e professores cessacionistas. Levante-se em público e confronte-os. Ore contra eles usando os salmos imprecatórios. Amaldiçoe-os em nome de Jesus para que as obras deles pereçam pela raiz, assim como Jesus amaldiçoou a figueira que não deu frutos.

Levará muitos anos para que os cristãos estabeleçam uma credibilidade e reputação por operarem milagres de curas perante o mundo. Primeiro, precisamos reforçar as doutrinas dos milagres nos cristãos individuais, e depois pelas igrejas. Pratique essas doutrinas para que os milagres aconteçam consistentemente em nosso meio. Depois temos de trazer esse poder para os descrentes para que eles possam examinar esses milagres e reconhecer a igreja como uma instituição de cura. Se os cristãos falharem nisso, então tudo que aconteceu desta vez acontecerá da próxima vez — e haverá uma próxima vez. Se a igreja permanecer em incredulidade e desobediência, e se os crentes continuarem a tolerar essas coisas nos seus líderes e instituições, e continuarem a aprovar os seus sermões e escritos, então isso vai continuar acontecendo várias e várias vezes, e os descrentes ficarão cada vez mais convencidos de que a ciência — ou a humanidade — é o verdadeiro salvador deles o tempo todo, e até o único e verdadeiro Deus.

— Vincent Cheung. The Hero of Humanity. Disponível em Hero (2022), pp. 4-6. Tradução: Luan Tavares.

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O Senhor Que Te Sara
O Senhor Que Te Sara

Written by O Senhor Que Te Sara

“Eu sou o SENHOR que te sara” (Êxodo 15:26). Despertando sua fé para o sobrenatural de Deus. Refutando o cessacionismo e outras doutrinas do incredulismo.

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