Não Tenha Medo da Velhice

No imaginário do ímpio, a velhice é associada com o decaimento das capacidades físicas e mentais. Eles imaginam que a vida após a meia-idade é uma degeneração, um retorno paulatino à morte através de algumas décadas de aumento de dores e doenças, redução da mobilidade e da energia, perda de memória, lentidão no entendimento. Apesar de todos os seus esforços médicos e estéticos para prolongar a juventude, eles nada podem fazer contra a sentença de Deus contra o pecado. Ao anteciparem os efeitos da morte pela ansiedade e preocupação, apenas nutrem o poder dela. A verdade é que eles amam a morte (Pv 8.36), por isso, tudo o que empreendem conduz a esse fim.
Mas os cristãos não andam segundo a lei do pecado e da morte, e sim segundo a lei do Espírito e da vida (Rm 8.2). O Espírito traz o poder de Deus que se aperfeiçoa na nossa fraqueza. Por isso, não estamos limitados pela nossa fraqueza natural, antes nossas possibilidades estão no poder de Deus, que é infinito e vivificador.
De modo que as promessas bíblicas se cumprem em nós: nossa velhice pode ser ainda mais produtiva, energética e frutífera do que nossa juventude. A velhice do cristão que crê no poder de Deus não é um decaimento para a morte, e sim uma escalada gloriosa até o céu. Moisés era vigoroso e saudável aos 120 anos, e Calebe tinha aos 85 a mesma força de quando tinha 40, e a usou para vencer no soco sozinho um exército equipado com carros de ferro. Abraão e Sara engravidaram no centenário do patriarca.
Não tenha medo da velhice. Faça planos ousados e apoie-se no poder de Deus, que preserva a saúde e a energia do corpo até o dia do último adormecer.
— André de Mattos Duarte