Milagres de Cura de Vincent Cheung
O primeiro milagre de cura que testemunhei foi feito pelas minhas próprias mãos, na primeira vez que preguei. Antes daquele dia, eu tinha lido sobre os milagres na Bíblia e ouvido falar dos milagres vividos por outras pessoas, mas nunca tinha visto nenhum. Eu acreditei na promessa da Bíblia de que Deus faria milagres através de mim em nome de Jesus, então fui em frente e fiz isso.
Estou ciente de que Deus condena o falso testemunho e insisto que estou dizendo a verdade sobre isso.¹
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A primeira vez que preguei foi também a primeira vez que orei pelos enfermos. Eu tinha dezesseis anos, era estudante do ensino médio. Alguém conseguiu garantir o porão de um banco para eu pregar para um grupo de adultos todos os domingos. A maioria das pessoas era de meia-idade, provavelmente mais velha do que eu sou agora. Se alguma delas me desprezava por causa da minha idade, não me deprezava mais depois da primeira noite.
Na mensagem, eu declarei que Deus ainda fazia milagres e que ele ordenou que todos os crentes curassem os enfermos. Depois que terminei, convidei qualquer pessoa que estivesse doente para se apresentar e eu oraria pela cura na frente de todos. Antes daquela época, embora tivesse ouvido falar sobre isso, nunca tinha orado pelos enfermos, nunca tinha visto ninguém orar pelos enfermos e nunca tinha visto nenhum milagre de cura. Segui em frente pela fé, porque Deus me disse para orar pelos enfermos na Bíblia.
Somente uma pessoa se aproximou, embora depois que ela foi curada, outras pessoas vieram à frente. Ela tinha uma curvatura anormal da coluna vertebral por alguns anos e sentia dores frequentes. Pedi a ela que informasse sua condição, se ela tinha ido ao médico, e que nos contasse o que o médico disse sobre isso. Pedi-lhe que descrevesse o que precisava ser mudado fisicamente para que ela fosse curada. E confirmei que ela estava com dor naquele momento.
Depois eu impus minha mão nas costas dela e ia ordenar que sua coluna ficasse reta em nome de Jesus. Eu nem terminei de dizer “Em nome de Jee…” quando senti uma explosão descer pelo teto (Isaías 65:24, Mateus 6:8). Digo que pude “sentir”, mas não era a mesma coisa que uma sensação no corpo. Uma sensação no corpo ocorre quando algo interage com o nosso corpo, de forma que algo que ocorre além do espaço que o nosso corpo ocupa não produziria tal sensação. Mas sem dúvida eu pude sentir isso. Era tão parecido com uma sensação física que eu a teria confundido com uma se não fosse pelo fato de que começou muito longe do meu corpo, até mesmo no nível acima de nós. A Bíblia pode estar se referindo a algo semelhante quando diz: “No mesmo instante, Jesus percebeu que dele havia saído poder” (Marcos 5:30).
Essa explosão de poder ou energia tomou a forma de uma esfera, com cerca de um metro e meio de diâmetro. Ela caiu um pouco inclinada através do teto, atingiu a mulher na cabeça e desceu pela coluna dela até minha mão. Ela caiu no chão. Quando a erguemos, ela não sentia mais dor e conseguia se abaixar para tocar os dedos dos pés, algo que ela não conseguia fazer antes.
Quando isso aconteceu, embora todo mundo estivesse boquiaberto, não fiquei surpreso, porque eu realmente acreditei. Eu disse às pessoas para agradecerem a Deus e perguntei se havia outras pessoas doentes presentes e acenei-lhes que viessem à frente. Ora, estou apenas contando a você o que aconteceu, mas sensações especiais são, de fato, desnecessárias para a cura, e casos mais poderosos ocorreram quando eu não senti nada.
Assim, eu tive sucesso na primeira vez que orei pelos enfermos.
[…]
Eu estava em uma igreja em Hong Kong, e o guitarrista habitual não conseguia tocar porque estava com as mãos lesionadas. A igreja tinha ouvido falar de algumas coisas que estavam acontecendo nas minhas reuniões nos Estados Unidos, então depois que o pastor terminou seu sermão, ele me pediu para orar pelo guitarrista. Aqueles cristãos sabiam como fazer isso sozinhos, mas ele queria que eu fizesse. Quando o guitarrista ficou na minha frente, a parte superior do corpo dele começou a tremer. Então perguntei se a dor estava passando e ele disse que sim. Percebi que Deus já havia começado, então, em vez de tocá-lo, apontei para suas mãos e disse em voz alta: “Você tem de ser curado. Você não tem escolha!”. E ele foi curado.
Meu método preferido era a imposição de mãos. Quando as pessoas começaram a receber cura antes que eu pudesse tocá-las ou orar por elas, eu ajustei minha abordagem. Reduzi o contato físico, para poder aproveitar esse fenômeno, dizendo às pessoas que Deus é quem cura, que ele está curando sem mim, antes que eu pudesse começar a orar, ou mesmo antes de perceber que a cura está acontecendo.
[…]
Quando voltei para os Estados Unidos, algumas pessoas começaram a receber a cura em seus assentos e quando se aproximaram de mim. Na primeira vez que isso aconteceu, uma mulher testemunhou que um crescimento anormal em seu ombro desapareceu enquanto eu pregava, e eu nem estava falando sobre cura. Então eu aproveitei isso e disse às pessoas: “Vejam! Vejam! Essa pessoa foi curada e eu nem sabia disso. Aquela outra pessoa foi curada e eu ainda nem terminei de perguntar a ela sobre sua doença. Eu nem estava pronto. Deus é quem cura, não eu”. Isso não acontece com todo mundo, mas acontece com frequência suficiente para que eu use como indicação de que não sou eu quem dirige as coisas.³
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¹ Vincent Cheung. Cessationism and Damnation.
² Vincent Cheung. Advancing in Healing Ministry.