Comunhão nas Igrejas “mainstream”: Uma Farsa Completa
Uma das muitas instâncias de esquizofrenia na igreja tradicional é esta: eles exaltam a “comunhão” a um nível de idolatria, porém exercem um controle tal sobre os membros que proíbe a verdadeira comunhão bíblica.
Eles chamam de “comunhão” o ajuntamento no culto dominical e as reuniões de socialização livre. Mas a comunhão no culto é tão comunhão quanto a “comunhão” de um metrô lotado: indivíduos aglomerados que não interagem e estão cada um olhando independente para o mesmo alvo. E a comunhão dos eventos da igreja é apenas para diversão, em nada diferindo do que os ímpios já fazem. O que a Bíblia realmente manda fazer como prática de comunhão? Ela manda fazer um bocado de coisas “uns aos outros” — exortar, encorajar, ensinar, corrigir, repreender, fortalecer, orar, suportar, falar em hinos e cânticos espirituais, profetizar, assistir às necessidades, etc. Isso sim é comunhão verdadeira que edifica. Até hoje, nunca vi essa comunhão, exceto de maneira bem espontânea, com pouquíssimas pessoas, sem nenhum envolvimento dos pastores. Porque, quando os pastores se envolvem, tudo isso é proibido implicitamente ou explicitamente. Eu não posso profetizar, não posso orar do jeito bíblico, não posso curar um enfermo, não posso repreender um pecado, não posso impor as mãos, não posso ensinar sobre a fé que traz vitórias e milagres — em resumo, eu não posso fazer nada que o pastor não faz, porque senão eu sou repreendido por estar fora da teologia da igreja. Mas então, pra que eu sirvo, se o pastor já faz tudo? A comunhão nas igrejas mainstream é uma farsa completa.
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A igreja típica tem três tipos de reuniões: o culto público, os grupos de discipulado no meio da semana ou no sábado e os eventos sociais de lazer.
Em nenhum deles há o exercício da comunhão bíblica.
No culto público, não há comunhão, porque ninguém interage com ninguém. Todos ficam passivamente olhando o ministro fazer tudo.
Nos grupos menores de discipulado, também não há comunhão, porque eles são apenas versões ligeiramente menos formais do que o culto público. Há um estudo dirigido e pré-aprovado pelo pastor, e não há liberdade para que cada membro abençoe os outros com os seus dons de acordo com a orientação do Espírito.
E as reuniões de lazer, como aniversários, acampamentos, gincanas, esportes e lanches são apenas isso, diversão. Não edificam espiritualmente em nada. Não há nada que os ímpios não fariam. Não há comunhão no sentido bíblico, apenas socialização banal.
A conclusão é apenas uma: se é tão imperioso aos cristãos ter comunhão uns com os outros, então eles devem buscar isso por conta própria e ignorar totalmente as reuniões da igreja para isso. E quando a igreja institucional anuncia que ela detém o monopólio da comunhão dos santos, o certo a fazer é apontar o dedo na cara e dizer MENTIROSO!
— Fonte: Poder do Alto.