Afaste-se da Incredulidade
Luan Tavares
Nossa política é não nos associar a qualquer pessoa que não carrega as doutrinas dos superpoderes que cremos, seja cessacionista ou qualquer um que exale incredulidade. E fazemos isso por dois motivos muito justos. O primeiro é que o zelo de Deus nos obriga a não termos associação com os oponentes. Eles não estão do nosso lado. De fato, eles são inimigos. Quando Jesus disse que quem não é por ele é contra ele, ele falou isso no contexto de cura. Como diz Vincent Cheung, devemos nos comprometer a ficar do lado da cura em público, e a atacar todos aqueles que se opõem a ela.¹
O segundo motivo é que pessoas incrédulas impedem a cura numa comunidade. Elas infectam toda a comunidade. Numa comunidade assim, o homem de Deus terá dificuldades ou atrasos em ministrar a cura por causa dos incredulistas na área. Eles poluem o ambiente com sua presença. Eu já tive minhas próprias experiências sobre esse fato. Eu tive dificuldades para curar uma pessoa, e sabia justamente o motivo: seus parentes incrédulos estavam poluindo o ambiente com a incredulidade deles. Eles deixavam o ambiente “pesado”. A cura só veio quando os expulsei do quarto e tranquei a porta, deixando o ambiente mais leve.
Jesus não pôde realizar nenhuma obra poderosa em Nazaré por causa da incredulidade das pessoas. Se você quiser ministrar a uma pessoa doente, um lugar para não fazer isso é onde haja pessoas por perto que não creem na cura observando. Se Jesus não conseguiu realizar muita coisa em uma atmosfera de incredulidade, você também não conseguirá. Os cessacionistas nos desafiam a fazer algo dramático para mostrar-lhes uma ou duas coisas, mas não é assim que funciona. É justamente a presença deles que impede os milagres. Eles sempre reclamam que nunca viram curas nem milagres, mas os exemplos de Cristo e dos apóstolos nos ensinam justamente que em certas ocasiões devemos impedir que eles vejam,² e isso para juízo deles. Quando eles disserem: “Mas eu nunca vi nenhuma cura diante dos meus olhos!”, responda: “Exato! E que Deus em sua ira jamais permita que você veja! Se quiser morrer, morra com a doença que você tanto ama. Quanto a nós, continuaremos curando e louvando a bondade do Senhor”.
Em Marcos 8:22–25, Jesus tirou um cego da cidade antes de ministrar cura a ele. Jesus ministrou a dois cegos que tinham fé para a sua cura numa casa em vez de fazer o milagre em público (Mateus 9:27–31), embora os cegos o estivessem seguindo. Em Marcos 7:32–37, Jesus puxou um homem surdo para longe da multidão. Em Lucas 8:41–42, 49–56, Jesus expulsou os pranteadores e todos os demais da casa, exceto os pais, Pedro, Tiago e João, antes de ressuscitar a filha de Jairo. Em Atos 9:36–42, Pedro seguiu o exemplo de seu Senhor e expulsou do quarto as viúvas que choravam antes de ressuscitar Tabita dentre os mortos.
Se Jesus e seus discípulos fizeram isso, é uma boa ideia você fazer o mesmo. Pessoas incrédulas por perto não vão ajudar você nem a pessoa doente numa cama de hospital (especialmente cristãos incrédulos). Elas não vão ajudar você a ministrar aa cura se ficarem contradizendo suas palavras e tentando persuadir que o enfermo que não lhe dê ouvidos.
Algumas pessoas pensarão que você é rude. Mas Jesus andou em amor; ele não foi rude. Ele fazia o que tinha de fazer.
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¹ Vincent Cheung, “Take sides with the doctrine of healing…”.
² Digo “em certas ocasiões” porque Jesus também desafiou a tradição curando na frente dos incrédulos, mas ainda assim fez isso em ira contra eles. Veja Marcos 3:1–6. Portanto, a presença e a ausência de cura é um sinal alarmante para o cessacionistas e incredulistas afins.
— Luan Tavares
